Conforme matéria abaixo, as seguradoras Portuguesas também vêm enganando consumidores e prejudicando reparadores há muitos anos.
Curiosamente, algumas seguradoras que operam no mercado Europeu, também operam no mercado brasileiro. Desta forma, fica evidente que tudo o que acontece por aqui não é um fato isolado, mas sim uma forma de crime organizado, tudo com o objetivo de obter lucro com o prejuízo e com a desgraça alheia.
Nossa entidade, preocupada com este grave fato social, já estabeleceu um contato para troca de informações com a ARAN - Associação Nacional do Ramo Automóvel em Portugal.
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Seguradoras pedem a oficinas para usarem peças de menor qualidade
A denúncia é da Associação Nacional do Ramo Automóvel (ARAN). Em vez das peças da marca ou iguais à da primeira montagem, as seguradoras mandam instalar peças de menor qualidade, feitas na Conchinchina, disse o presidente da associação, António Teixeira Lopes.
Recebemos documentação que nos foi entregue por várias oficinas e que prova esta prática. Tenho aqui denúncias de vários casos em que as oficinas foram aconselhadas a usar peças fabricadas em Taiwan, assegurou.
A ARAN reconhece que as peças em causa não representam qualquer ameaça à segurança dos clientes, mas lembram que o cliente tem o direito a levar a viatura, depois de reparada, nas mesmas condições em que ela estava antes do acidente. As peças de menor qualidade reduzem o valor do veículo, as pessoas saem prejudicadas.
Esta é uma prática de longa data, lamenta.
A Lei da sobrevivência
Quando questionado sobre as razões que levam algumas oficinas a aceitarem estas práticas para oferecerem preços mais baixos às seguradoras, o presidente responde com uma palavra sobejamente conhecida dos portugueses: A crise obriga-as a aceitarem, para poderem sobreviver.
Mas esta não é a única guerra que opõe as duas partes. A ARAN acusa também as seguradoras de pressionarem os proprietários de carros envolvidos num acidente de viação a levarem os seus veículos a reparar em oficinas por elas recomendadas, em vez de deixarem as pessoas escolher livremente, como é seu direito.
Centenas de oficinas uniram-se porque as seguradoras enviam as pessoas para os reparadores recomendadas por elas, que são oficinas que lhes fazem descontos. Quando há um lesado de um acidente, as seguradoras tentam fazer com que ele vá apenas aos espaços que recomendam, em vez de deixarem os lesados irem às oficinas da sua confiança, adianta António Teixeira Lopes.
Sem poder fazer muito contra a situação, a ARAN acabou por enviar cartazes para as oficinas associadas, a lembrar que os clientes têm direito a escolher as que quiserem.
A Agência Financeira contactou a Associação Portuguesa de Seguradoras (APS) para obter uma reação a estas acusações, mas a mesma disse nada ter a ver com os acordos que cada empresa tem nem com os produtos específicos que oferece aos clientes.
Fonte - Agencia Financeira Portugal
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http://www.agenciafinanceira.iol.pt/noticia.php?id=906903&div_id=1729